✩bell

 
registro: 04/10/2016
um segredo: eu sou assim mesmo: esquisita, louca e feliz...
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vivemos no agora ou já! ***

psiuu...
boa tarde e lindo fim de semana!

que seja doce...

vivemos no agora ou já!...

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Tempos do agora ou já!

Tenho pensado muito a respeito desse tanto de modernidade que alcançamos. São aparelhos que fazem de tudo um pouco, programas que ensinam “a melhor dieta de todos os tempos”, “ um namorado “ ... mas tudo anda meio doido.
Quanto mais programa de dieta, mais obesidade.Quanto mais site de encontros, mais pessoas sozinhas.
Quanto maior o número de “tratamentos milagrosos”, mais mulheres angustiadas.
Somos atropeladas por um padrão que devemos atender e que vale para tudo, do peso à maneira como dormimos.
Nunca estamos no hoje. 
Dias e noites ansiando o amanhã. Prevendo problemas que não vingaram, doenças que não se apresentaram, rupturas que já findaram.
Estamos no ontem e no amanhã, nunca no hoje.
Não deve ser por acaso que a indústria farmacêutica anda cada dia mais multimilionária. Nada dá mais dinheiro que uma pílula milagrosa.
Vivemos no “agora ou já”. 
Nosso padrão de comportamento está nos enlouquecendo. Literalmente.
Estamos viciadas em correr contra o tempo e somos atropeladas enquanto ele passa como tem de passar e nem aí pra gente. A gente corre atrás de algo que não pode alcançar.
As pessoas não se relacionam, se interrogam.
Casais não interagem, fazem check list.

Tempo de muitas mensagens e pouca conversa olho-no-olho.
Sou uma comprovação do “tudo ao mesmo tempo, agora”. Mas, com mais de uma profissão, tenho observado mais a mim mesma e entendido que não posso dar conta de tudo, e não tenho dado conta!
Quando me perguntam se cozinho, respondo gentilmente “adoro cozinhar, mas e tempo pra  compartilhar com você?”. 
A questão é decretarmos a nossa inoperância.
A honra, me parece, está em dizer francamente “desculpe, não dou conta da maneira como você me cobra”.A verdade é que não tenho conseguido dar conta do básico, as urgências vão se acumulando.
Fica inviável melhorar quando buscamos atender demandas que, muitas vezes, não são nossas. E isso nada tem de egoísmo. 
Creio que nós, mulheres, carecemos de um minuto de silêncio interno.
Precisamos mais umas das outras.
É importante trocarmos mais, nos validarmos mais e falarmos com lealdade o que sentimos, como sentimos e quando sentimos.
Quem sente calada, travada, acuada, torna-se nó.
Nascemos para ser laço!

Cláudia Dornelles 


beijos e carinho, bell


https://www.youtube.com/watch?v=DwSq17kZvyo