Alter Bridge - In Loving Memory
Ficção?Realidade? é a carne
A CARNE
Ele era médico legista e ela não conseguia deixar de pensar nisso enquanto faziam amor. Ele tocava-lhe de uma forma tão precisa, tão leve, tão cirúrgica que ela se sentia mais exposta do que alguma vez no passado. Sabia que ele conhecia em pormenor todos os músculos, todos os tendões, todas as artérias e todas as veias do seu corpo. Sentia-lhe os dedos deslizando pelos braços, em redor do peito, através do abdómen e não conseguia evitar um arrepio de temor. Como se, a qualquer instante, com um gesto suave e preciso, usando uma unha como bisturi, ele pudesse abrir-lhe um golpe na carne e entrar-lhe verdadeiramente no corpo. Estava consciente de que era uma estupidez pensar tal coisa: ele era amável, atencioso, até um pouco tímido (e trazia sempre as unhas bem curtas). Mas não conseguia evitá-lo. Na realidade, era forçada a admitir que não desejava evitá-lo. Que procurava a sensação. Que a transformara numa parte essencial do acto amoroso. As capacidades dele para ler o corpo humano, para identificar zonas frágeis, para o desmembrar, se fosse preciso, haviam-se tornado num elemento de excitação adicional.
Meses depois do início da relação abordou finalmente o assunto. Perguntou-lhe: «O meu corpo é muito diferente dos corpos com que lidas no trabalho?» Os olhos dele arregalaram-se de surpresa. Ela ponderou se teria sido a primeira mulher a colocar-lhe a pergunta. Depois pensou que talvez a surpresa dele resultasse não de ser a primeira vez que lhe faziam a pergunta mas de, tanto tempo decorrido após o início da relação, já não a esperar. Antes de ele responder, acrescentou: «O que quero dizer é: quando acaricias o meu corpo notas as semelhanças com os corpos que autopsias? No fundo, é só carne, não é?» As palavras soaram-lhe inadequadas e brutais e ela arrependeu-se de ter iniciado aquele diálogo. Mas ele recuperara a expressão de beatitude. Quase sorria, na verdade. Disse: «Não, não noto as semelhanças. Noto as diferenças.»
Foi nesse momento que a relação deles entrou numa nova fase.
NOTA: Texto enviado por um amigo e recebido por email
https://www.youtube.com/watch?v=H2cKIvroNIc
Considerandos sobre o amor e amizade (2)
A insubstituibilidade (esta palavra não deve existir mas apeteceu-me inventar agora)
Há pessoas que vivem as suas vidas como se fossem insubstituíveis: nunca faltam ao trabalho porque ninguém pode fazer as suas tarefas; que se sobrecarregam de tarefas porque não podem delegar pois, ninguém as faz tão bem tão bem como elas próprias; estão sempre presentes porque ninguém se pode reunir sem eles; não se permitem estar doentes, andam em pé mesmo febris; não tiram férias, ou pelo menos a totalidade delas, e mesmo em férias não se desligam das tarefas a fazer; não faltam para dar apoio em casa, à família ou simplesmente para aproveitar a presença de quem vive com elas.
Há pessoas que julgam que são insubstituíveis, mas ninguém o é. Se por acaso atravessar a rua e for atropelado e morrer, a empresa não vai fechar porque deixam de trabalhar; a família, habituada a ser posta de parte, vai perfeitamente recompor-se, afinal é só uma ausência mais prolongada e os amigos, quais amigos? Não há tempo para se perder em manter os que se tem ou para se fazerem amigos novos…
Há pessoas que pensam que são insubstituíveis, mas não são. Depois de partirem, a roda gigante vai continuar em movimento, as engrenagens apenas terão de ser ajustadas à falta de um elemento e logo logo, tudo volta ao normal.
Na verdade, as pessoas insubstituíveis da nossa vida são aquelas que gastaram tempo com os afectos, que perderam tempo para estarem connosco, que estão disponíveis, que nos ajudam quando precisamos e não quando a empresa deixa, que metem a mão na massa no que for preciso, que riem e choram connosco porque estão lá e não fechadas num gabinete qualquer, são pessoas mesmo que virtuais sabem nos ouvir e estão atentas e ao mais pequeno sinal sabem quando são precisas. Essas pessoas, sim, quando falham, deixam um vazio muito grande, fazem-nos sentir sem ar e sem alento de tal forma a perda é dura…
As pessoas que nos amam com disponibilidade afectiva e efectiva é que são a essência da própria insubstituibilidade. Um brinde às suas vidas para que nunca deixem de estar presentes nas nossas!
Vejam este vídeo lindo com atenção, contém uma mensagem maravilhosa, assim fizéssemos nós cada dia e certamente o Mundo seria bem mais pacífico, agradável e sim a amizade e o amor seriam imbatíveis.
https://www.youtube.com/watch?v=cdaojCDFwik
Incluo aqui pensamentos de Shakespeare e Tolstoi
Todos os sentimentos cansam e "desistem", menos o amor. Sentimento algum é tão teimoso! Até quando passa, não acaba. Posto de lado, jamais se conforma. Mesmo se afogando na impossibilidade, não morre."
"Cuida-te quando fazes chorar uma mulher, pois Deus conta as suas lágrimas. A mulher foi feita da costela do homem, não dos pés para ser pisada, nem da cabeça para ser superior, mas sim do lado para ser igual, debaixo do braço, para ser protegida e do lado do coração para ser amada."
E uma musica especial para a minha querida mana Bel, sei que gostas, melhor adoras este kkkkkkk uma oferta "sweet" com carinho, amizade e de amor de mano.
https://www.youtube.com/watch?v=IUnMZZe7__E
Amor e paixão sabor a cereja
Bebo o licor na tua boca
Bebes o licor no meu umbigo
Mais que fantasia... passamos horas
nessa brincadeira louca
Delírios do prazer de estar contigo
Trilhas de cerejas em nossos corpos
Alimentos degustados pouco a pouco
Sinto a tua sede e alucino...
Somos cálice iguarias
somos loucos
Bêbados de paixão
e Maraschino...
https://www.youtube.com/watch?v=_VH8XkktNv8
O amor precisa de tempo
Percebemos a complexidade do amor quando constatamos o quanto depende do grau de intimidade, de cumplicidade e de conhecimento da pessoa a quem o dedicamos. É assim que o identificamos por entre os restantes sinais que nos transmitem as emoções arrebatadoras que lhe estão associadas, é assim que sabemos distingui-lo de outros planos emocionais para podermos fazer as nossas escolhas em matéria de pessoas com quem o partilhar e definirmos os contornos de qualquer relação.
E é também dessa forma que acabamos por ajustar, passo a passo, os diferentes ritmos a que cada um de nós funciona, as diferentes percepções da realidade que sentimos em função daquilo que somos e do conjunto de experiências que nos fazem assim.
Por isso acredito que o amor precisa de tempo. Talvez de um tempo sem fim.
https://www.youtube.com/watch?v=LS7Jb2UCxh8
Amor no inverno tropical
Um espaço isento de frio, talvez mesmo na margem de um rio, localizado na confluência de dois lábios por unir.
Uma troca de palavras a surgir, das que definem os instantes especiais, as palavras que só se sentem a mais quando um beijo lhes ocupa a posição e o silêncio subsequente acelera o coração de quem finalmente se calou porque precisava daquele calor desejável, da sensação inesquecível que se grava, que se incrusta como pedra preciosa na coroa de sua alteza a paixão. Um tempo isento da emoção contraditória que é a saudade nascida de uma história ainda por começar. Um gesto ou um olhar que forçam o degelo, a chama que se esgueira pelas frinchas de um espaço a ferver, a boca-de-incêndio para atear aquilo que não se pode apagar de forma racional. O primado do emocional sobre a razão que não controla o coração quando este grita o desejo no calor de um beijo inevitável. Um espaço de tempo memorável, talvez numa noite gelada, talvez na margem de um rio. Uma história agasalhada, bem quente, pelo calor da madrugada amante que se seguiu. https://www.youtube.com/watch?v=GpJmOvnEUygHistória de amor, curta, natura e sem pressa
Tão simples como deixar a vista voar sobre um horizonte esplendoroso que quase nos faz perder a respiração.
Tão fácil como prestar atenção ao som da vida a acontecer, a voz de uma mulher cativa de um grande amor ou o canto que imaginamos alegre da passarada em dias de sol.
Tão natural como a reacção instintiva a um cheiro que o apetite identifica como o toque de alvorada, como a hora certa para despertar.
Tão óbvia que não se entende como tanta gente finge estranhar a possibilidade de alguém conseguir viver num estado de permanente paixão.
Por ti, a pele que chama, a chama que ateia, a teia que prende, aprender o amor.
A boca que grita, o fogo que queima, o corpo na cama, a pele que chama… Sem pressa, arrastei-te até mim através do túnel que construí de repente por debaixo de uma ponte nascida de uma simples troca de olhares. Ou o inverso, pouco importava, enquanto te deixavas levar, sem pressa, ou apaixonar - o que interessa? -, para dentro de um pedaço de realidade concebida em exclusivo, impermeável, hermética, para ser vivida a dois nesse momento, num espaço que algum tempo o dia ofereceu. https://www.youtube.com/watch?v=PG2m26MJUcY
REGRESSO
Bom dia amigas e amigos estou de regresso, para uns serei benvindo para outros nem tanto rsrsrs, já que devem estar a dizer entre dentes lá vem esse “tuga” marado com mais prosápia para chatear ehehehe, é para se lembrarem que existo. Verifico que a minha ausência foi sentida por algumas pessoas, a elas agradeço terem aqui vindo a minha casa mesmo sem eu estar presente. Também às amigas e amigos que me enviaram mensagens privadas, agradeço do fundo do coração terem-se lembrado de mim. Vou tentar responder a toda(o)s o mais breve possível.
Este descanso fez com que reflectisse verdadeiramente sobre as prioridades da vida, repensar amizades, do que podemos e devemos de facto ser e fazer em prol dos outros, uma introspecção impunha-se na minha vida, abandonar certos aspectos menos positivos, abraçar outros mais significativos e que no fundo nos fazem mover neste mundo. É nestes momentos que vemos a quem de facto fizemos falta, ou para quem a nossa ausência nem foi tão importante. Desde há algum tempo que me debato com um dilema enorme, poderei considerar como duas damas terríveis: a Saudade e a Solidão. São muito dificeis de aturar e de se conviver com elas. São tremendamente egoistas e não nos deixam em paz; não fogem, não se retiram. Por isso, resta-me um subterfúgio; tentar enganá-las: rio-me delas e tento fugir para dentro de mim; dentro de mim encontro um mar revolto mas tem ondas, tem cheiro a maresia, tem sol, chuva, vento, frio e calor; tem sal, tem vida, pulsa, sente e toca; e nesse mar revolto procuro uma ilha, uma ilha mesmo deserta onde me possa abandonar e nada mais sentir; olho em volta e continuo a ver esse mesmo mar mas a esperança de ver o nevoeiro dissipar, a esperança de ver que algum barco possa no meu cais aportar, a esperança de que sorrir de novo seja possível esta, a ESPERANÇA; é a terceira dama com que consigo ainda viver.
Esta ausência foi um tempo de reflexão, longo por certo, mas no qual consegui solucionar alguns dos graves problemas que me afligiam, sendo que o mais problemático de todos eles foi resolvido a contento. Só espero e desejo que nenhum(a) de vós seja algum dia confrontado com um rapto de alguém que se ama muito, felizmente Deus ajudou e o apoio de alguns e algumas amigas foram determinantes. Bem hajam.
Artigo Primeiro
É possível falar sem um nó na garganta
é possível amar sem que venham proibir
é possível correr sem que seja a fugir.
Se tens vontade de cantar não tenhas medo: canta.
É possível andar sem olhar para o chão
é possível viver sem que seja de rastos.
Os teus olhos nasceram para olhar os astros
se te apetece dizer não grita comigo: não.
É possível viver de outro modo. É
possível transformares em arma a tua mão.
É possível o amor. É possível o pão.
É possível viver de pé.
Não te deixes murchar. Não deixes que te domem.
É possível viver sem fingir que se vive.
É possível ser homem.
É possível ser livre livre livre.
Manuel Alegre
https://www.youtube.com/watch?v=vkEdKhkJUtA
AS ESCOLHAS DA VIDA
Muitas vezes sofremos porque escolhemos os caminhos errados...
E sabemos que não há volta para as caminhadas da vida, mas sempre
temos a opção de dirigir nossos passos para direções diferentes.
Então uma nova escolha se dá....
Com todos os riscos possíveis.
Cabe a cada um a responsabilidade da escolha diária, que a sabedoria esteja no coração de cada um para que as escolhas esteja o mais perto possível daquilo que chamamos
«FELICIDADE»