Cresce na m'alma está ternura desabrigada e solta, que não me ilumina, não é no escuro farol
É uma flor...
...de plástico maciça, nem possuí o transpor de uma doce pétala florida...
...É fria..
...é vazia!
..Sem vida!
Mas que ouso amar!
No silencio da madrugada, a flor me sussurra, com vapor entre os lábios!
E diz uma faísca de tortura, à tentar despertar minha desenfreada loucura!
...A flor de plástico, me tortura, perfura com seu espinho o secreto de mim!
E mesmo assim...
...Entrego eu, o melhor de mim! Leva consigo minha seiva, meu orvalho.. Oh bela flor de plástico!
Deslizo meus dedos nus, entre teus lábios, lábios aveludados sem cor, nem sabor...
Mas amo está flor
...De plástico, com amor!
...Noutro dia, se envaidece!
Torna ela, um umbral de prece! Santa...!
...Está flor de plástico, não está a mercê do colhedor de flores, em nenhum jardim!
Nem o vento a balança!
São pétalas enrijecidas!
Nenhum jardineiro a podaria!
Ela espinhos soltaria e, puderá ninguém a dor aguentaria!
...Mas está flor de plástico, que o meu sangue um dia já esguiou...!
Desfaleceu em meus braços, dizendo ser por amor!
Amor que à flor completou!
...Pinguei a minha serena seiva silvestre!
No caule infértil desta flor...
Lagrimejou ela, em silencio!
Devolveu em forma de lágrima meu orvalho, que a tomou!
...A flor de plástico, abraçou - me! Num apertar eterno de despedida!
Como se fosse, vir a tristeza, como se fosse, acabar a vida!
...Abracei...
...E teu espinho já não mais me perfurou!
De plástico, uma verdadeira flor se tornou!
Dizendo, despertei da minha dor...
....por você, pelo teu amor!
Filhα Ðσ Vєntσ
